Notícias out 27, 2025

O limite entre o eu e o nós na escola: construindo pontes na prática docente

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Reflexões sobre como o educador equilibra individualidade e coletividade na convivência escolar.

Na rotina escolar, o professor habita um espaço onde convivem múltiplas identidades. Ao mesmo tempo que carrega suas crenças, emoções e modos de ver o mundo, ele integra uma cultura institucional que tem princípios, valores e objetivos pedagógicos.

Lucia Melo, Assistente de Direção na Escola Bilíngue Carolina Patrício, observa o encontro entre o pessoal e o coletivo, e sobre como o educador constrói pontes entre o “eu” e o “nós” no dia a dia da profissão.

Segundo a especialista, reconhecer a fronteira entre a vida pessoal e o ambiente profissional é parte do amadurecimento docente. O trabalho educativo exige sensibilidade e discernimento para compreender o contexto em que se atua.

Há momentos em que o professor precisa olhar para dentro — para suas experiências e percepções —, mas há também o dever de voltar-se para o grupo, considerando as expectativas da instituição e as necessidades dos estudantes.

Esse equilíbrio favorece relações mais saudáveis e coerentes com o propósito da educação bilíngue, que valoriza tanto a singularidade quanto o pertencimento a uma comunidade global de aprendizagem.

Ser professor, portanto, significa construir uma identidade em diálogo com a cultura escolar. O espaço educativo vai muito além da transmissão de conhecimento, sendo um território de convivência, trocas simbólicas e construção de sentidos compartilhados.

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Na educação bilíngue, essa interação se amplia: o professor atua entre idiomas e culturas à medida que ajuda os alunos a transitar entre diferentes formas de pensar e se expressar. Cada gesto, cada escolha pedagógica e cada interação com os alunos revela uma forma de compreender o papel do ensino.

Lucia Melo ressalta que essa convivência exige constante reflexão: o que da minha visão pessoal contribui para o coletivo? E o que preciso ajustar para manter a coerência com o projeto pedagógico da escola?

A Escola, lembra ela, é essencialmente um lugar de diálogo. É onde se cruzam ideias, experiências e olhares diversos. Nesse ambiente, o educador é chamado a dialogar com a diferença, não apenas a tolerá-la, mas compreendê-la como elemento enriquecedor.

Na educação bilíngue, essa capacidade de diálogo ganha contornos ainda mais complexos, pois envolve não só diferentes perspectivas culturais, mas também modos distintos de pensar e comunicar. No entanto, essa abertura precisa vir acompanhada de clareza sobre os limites éticos que orientam a profissão.

O desafio, conforme a Assistente de Direção, é manter uma postura que valorize a diversidade sem diluir a responsabilidade pedagógica. A escuta é importante e deve estar alinhada a uma intencionalidade formativa. Isso implica saber mediar conflitos, construir consensos e sustentar decisões com base em princípios educativos sólidos. Nessa dinâmica, o professor se torna referência não apenas pelo que ensina, mas pela forma como lida com as situações que emergem no cotidiano.

A reflexão sobre o “limite entre o eu e o nós” convida todos os profissionais da educação a revisitar suas próprias trajetórias. Que valores conduzem minha prática? Como minha forma de agir impacta o coletivo? Ao buscar essas respostas, o educador aprofunda sua atuação e contribui para a construção de uma cultura escolar baseada no respeito, na escuta e na colaboração.

Lucia Melo compartilha essas e outras reflexões no episódio da série “Residência Pedagógica”, um projeto que propõe conversas sobre o cotidiano docente e os desafios contemporâneos da educação bilíngue.

Assista ao vídeo na íntegra e inspire-se com essa troca de experiências que convida cada professor a repensar sua prática!